Diário de Viagem: Istanbul – Turquia

Ciao a tutti!

Antes de mais nada é preciso dizer que fazia um tempão que eu não escrevia um diário de viagens!

O último foi a passagem pela imigração americana com o passaporte italiano, no final do ano passado (e ainda estou devendo a vocês o relato das minhas peripécias em New York)

Bom, no ano de 2014 fui passar o meu aniversário na Turquia, pela primeira vez iria conhecer a tal Istanbul!

Famosa por ter sido palco do Império Bizantino, além de ser também conhecida como a antiga Constantinopla e metade da cidade ser na Ásia – imaginem minha expectativa para conhecê-la, logo eu que sou apaixonado por história rs

Engraçado que esse destino aconteceu completamente por acaso, pois em março deste ano, saiu uma reportagem no jornal aqui em Pisa explicando que a empresa Turkish Airlines iniciaria a voar daqui no verão e estavam oferecendo as passagem em desconto – ida e volta por 89 euros por pessoa!

Daí foi aquele vuco vuco: corre no Booking para ter ideia dos valores de hotéis, pesquisa no google sobre a cidade, até que finalmente decidimos e plack – comprei as passagens.

Imaginem o meu sofrimento: comprei as passagens em março para viajar somente em julho – pensei que essa viagem nunca ia chegar rsrsrsrs

Mas eis que finalmente chegou o grande dia, e lá fui eu:

O primeiro impacto foi com a língua, cáspita, que coisinha difícil! Pior do que alemão!

Vale ressaltar que a cia aérea é espetacular, a melhor com a qual já viajei até hoje – tudo bem que estava com o padrão low cost Ryanair, mas a Turkish é melhor do que Alitalia, Air France, Lufhtansa e Ibéria (já viajei com todas estas).

Pouco mais de 2 horas de viagem, lá estava eu numa das cidades mais importantes do passado 🙂

Como já sabia que teria imigração, mesmo podendo viajar apenas com a carta d’identità italiana, levei o meu passaporte italiano para receber mais um carimbinho (sou pobre, mas limpinho…)

Já tinha reunido as informações sobre como chegar do aeroporto de Ataturk ao centro da cidade: tinha que pegar o metrô, descer na sexta estação e lá trocar para o tram e então descer em Sultanahmet, que era o bairro do meu hotel.

E descendo do tram, eis a primeira visão que eu tive:

Essa é a Mesquita Blu, um dos símbolos da cidade – que maravilha!!!

IMPRESSÕES SOBRE ISTANBUL

Toda vez que conheço algum lugar novo, no final da viagem faço um apanhado geral do que vi e me pergunto se voltaria, se moraria e qual a nota que eu dou ao lugar.

Istanbul recebeu os seguintes comentários:

MORARIA: Nem morto!

VOLTARIA: Talvez não…

Nota de 1 a 10: 5

Não moraria por diversos motivos, o primeiro deles é a bagunça generalizada daquele lugar!

Não foram poucas as vezes que me senti literalmente no Brasil.

Muita sujeira nas ruas, muitos pedintes, muita confusão, um trânsito completamente caótico, entre outras coisas bizarras.

Sobre voltar lá a passeio, também não voltaria, mas aí tenho que explicar: não é só pela zona, mas porque ainda faltam muitos lugares neste mundão que ainda quero conhecer, e provavelmente quando pensar (e puder) viajar novamente, escolherei sempre um novo destino, ao invés de escolher um que já conheço.

Embora cá entre nós, estou louco para voltar pra Amsterdan rs

A CULTURA ISLÂMICA

Cheguei em Instambul no mês considerado sagrado pelos muçulmanos, conhecido como Ramadã.

E posso dizer que sem sombra de dúvidas, minha viagem ficou muito, mas muito melhor por causa disso.

Primeiro porque pude ter contato direto com muitas pessoas desta religião, que para a minha completa ignorância, jamais tinha estudado ou sequer me interessado por ela.

Obviamente que neste pequeno período por lá não é que me tornei especialista na religião ou algo do gênero, porém entrei em praticamente todas as mesquitas que eu encontrei pela frente, e o sentimento de paz e espiritualidade que senti foi excepcional!

Um dos momentos mais tocantes, foi no penúltimo dia de nossa viagem – estava do lado asiático de Istanbul (a única cidade no mundo que fica em dois continentes, de um lado do canal do Bósforo é Europa, e do outro lado é Ásia) quando um pequeno beco começou a encher de pessoas, pois era o momento da oração sagrada deles, vejam que maravilha:

Instambul

CONHECENDO DIVERSAS MESQUITAS

Muita gente, quando vai a Istambul, acaba conhecendo apenas a famosa Moschea Blu, já que ela é praticamente o cartão postal da cidade.

O problema é que por ser um local turístico, você não se sente em um local de oração, afinal de contas não dá pra pensar em orar no meio de milhares de pessoas falando, tirando fotos, entre outras coisas.

Como eu disse anteriormente, fiquei no bairro de Sultanahmet e há poucos metros do meu hotel tinha outra mesquita, completamente vazia e livre de turistas, para minha alegria:

 Instanbul

Abaixo seguem algumas fotos de outras mesquitas que encontrei pela cidade, a maioria do lado europeu, mas algumas também do lado asiático:

 Instanbul

Instanbul

DICAS DE TURISMO QUE VALERAM A PENA

Não posso deixar de compartilhar com vocês os pontos máximos da minha viagem, que realmente gostei e que valeram muito a pena.

Vou colocar na seguinte ordem: o que gostei menos até a que gostei prá dedéu rsrsrs

5 – A área dos mercadinhos de peixe

Os guias que comprei diziam que não poderíamos deixar de visitar a área do porto, onde saem os barcos – pois lá encontraria o peixe no pão, além de uma vista linda do Bósforo.

Onde?

Cadê?

O que vimos foi o lugar mais imundo da cidade, com aquele cheio de fim de feira, um pãozinho seco com um pedaço de peixe e uns troços estranhos dentro de um vidro, que não tive coragem de comer rsrs

Mas com certeza vale a pena respirar (humm) o ar pro ali.

4 – O Bazar das Espécies

Ao contrário do Grande Bazaar, este vale muito a pena – dá pra comprar vários temperos e coisas tradicionais do país.

A única coisa é que pelo menos comigo não rolou a história da pechincha, pelo contrário: teve um maluco turco que me chamou, em português de MÃO DE VACA! (sim, o cara falou isso em português!)

3 – Atravessar da Europa para a Ásia

Gente, eu nasci em São Paulo e vivi parte da minha vida em Diadema, parte na zona leste.

Claro que eu quis passar várias vezes de um lado a outro do Bósforo, só pra sair da Europa e ir pra Ásia e vice versa.

Mesmo que não dava pra perceber nenhuma diferença rs

2 – O bairro de Eyuip

Gostei tanto que passei boa parte do tempo por lá, valeu muito a pena.

Peguei um barco na frente dos mercados de peixe e em poucos minutos estava lá.

Encontrei um bairro tipicamente turco, com poucos turistas e uma mesquita maravilhosa!

Lá também peguei o tradicional bondinho para o café Pierre Loti, só pra perder o fôlego com essa visão:

pierre loti

1 – A Basilica Cisterna

Ok, eu li o livro Inferno de Dan Brown (quem não leu saiba que ele se passa metade em Firenze e a parte final em Istambul, terminando exatamente na Cisterna) e pensei ter sido influenciado por ele.

Achei esse lugar o mais espetacular, fantástico e surreal de toda a cidade!

Praticamente debaixo da cidade existe um grande espaço que era utilizado para armazenamento de água – imaginem que coisa louca!

Aliás não precisam imaginar não, vejam algumas fotos:

cisterna

cisterna

E ALGUMAS FURADAS…

5 – A praça Taksin

Sinceramente achei que a tal praça, famosa pelas manifestações dos últimos anos, seria linda.

Ledo engano, na verdade você demora um pouco para entender que está na tal Taksin.

4 – O Grande Bazaar

Nada de mais, muita coisa cara…

3 – A torre Gálata

Ok, aqui cabe um aviso importante: eu vivo na Italia!

Talvez por causa disso, a torre construída pelos genoveses não parecia nada de mais, sem contar a dificuldade de chegar na bichinha.

2 – Passeio (longo) de barco no Bósforo

Vale a pena pegar o passeio CURTO do bósforo.

Acabei pegando o longo, que demorava várias horas e acabei indo parar no fim do mundo.

Parei pra almoçar e tive dificuldades para pedir o que comer rsrs

A única coisa legal, foi a Turkish Experience que eu passei: peguei uma lotação lá que funciona da seguinte forma: você coloca o dedo e o motorista pára onde quer que você esteja!

Não existe ponto e pra pagar você vai dando o dinheiro pro seu amiguinho da frente, até chegar ao motorista.

E se tiver troco é a mesma coisa: o motorista dá o dinheiro pro cada atrás dele, que vai passando até chegar a você, SURREAL!

Mas legal, vale a pena 🙂

1 – O bairro próximo a torre Gálata

Logo após atravessar a ponte em Eminonu, se você vira à direita na primeira avenida, fique preparado para encontrar uma verdadeira zonaaaaa. Sério, eu me senti em São Matheus, Itaquera, Guaianazes e todos aqueles bairros que geralmente só ouvimos falar nas músicas dos Racionais Mc’s.

Infelizmente naquele momento não pensei em fazer nenhuma foto…

A COMIDA

Como bom gordinho que sou, a comida é uma das coisas fundamentais de qualquer viagem!

E na Turquia, pude experimentar coisas extremamente saborosas!

E o baklava…

baklava

Eu nunca gostei muito de doces, mas se tem um troço que você coloca na boca e sente o que o povo nos programas Masterchef dizem ser uma explosão de sabores, é esse tal baklava!

Outra coisa que eu descobri que tinha lá e que já fui com a ideia na cabeça foi comer no Arby’s – quem não é tão velho como eu talvez não saiba mas no Brasil já existiu também esta rede de fast food.

Quando eu tinha meus 14, 15 anos e trabalhava como office boy, ia sempre na loja que tinha ali próximo a Rua São Bento, no centro de SP.

E vejam onde tive que ir para experimentar novamente o Beef n’ Cheddar deles (água na boca neste momento de novo rsrs)

arbys

 Outras duas coisas que descobrimos em Istanbul e que são típicos apenas de determinados bairros por lá, se não me engano ambos do lado asiático da cidade, a primeira delas:

Batata recheada! Só que ao contrário da que vende na Backed Potato por exemplo, nesta o próprio funcionário dá uma cavucada na batata exatamente pra poder misturar todo o recheio (que você pode escolher tudo que quiser, dentre umas dez coisas diferentes!).

Achei a ideia excelente, porque o pessoal no Brasil também não dá uma ‘cavucada’ na batata também, pra caber mais recheio???

batata recheada

E pra completar as fotos de gostosuras, foi lá na Turchia que comi a maior esfiha do Habbib’s que o homem conseguiu produzir:

esfiha do habbib's

Agora imaginem o que os dois magrinhos que estão passando ali estão pensando kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

CONCLUSÃO DA VIAGEM

Viajar é uma das melhores formas de melhorarmos como pessoa, acredito piamente nisso!

Tanto que procuro sempre seguir esta máxima dos meus queridos amigos do E-Dublin:

e-dublin

Foi realmente muito bom conhecer uma cultura tão diferente da nossa, principalmente em uma cidade onde pude ver tantas pessoas com religiões diferentes convivendo pacificamente, mostrando que ninguém é melhor do que ninguém e que quem pensa que o seu credo, raça, cor ou opção sexual o faça melhor do que qualquer outra pessoa não passa de um grande babaca!

Abbracci a tutti e espero que tenham gostado de viajar comigo 😉

3 Comentários


  1. Adorei, Fabio! Tbm fiquei com água na boca!! hahaha
    Mas não poderia deixar esse comentário: nossa sexualidade não é uma opção, mas sim uma orientação! 😉
    Grande abraço!

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  2. Excelente matéria sobre a Turquia. Estou planejando viajar para a Europa em 2015 e achei muitos sites com várias dicas da Espanha, França e Itália, mas países menos visitados como a Turquia está sendo difícil. Seu relato me ajudou muito! Principalmente na parte das mesquitas e da comida. Rs
    Achei muito legal seu site. Tenho um sobre a Flórida, e se quiser fazer alguma parceria é só falar. O meu é http://www.dicasdaflorida.com.br

    Responder

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