Diferenças Culturais Entre Brasil e Itália – Limpeza, Sinceridade e Relações

Lendo o artigo do Franco sobre as diferenças culturais entre Brasil e Itália, e também a pergunta de uma leitora, convidando-me a escrever sobre as diferenças culturais, percebi que era já hora de falar sobre isso novamente.

Antes de mais nada já quero deixar claro que tudo aquilo que escrevo deriva das minhas experiências pessoais, e falar de diferenças culturais è bastante complicado, pois o que pode parecer estranho para uma pessoa è completamente normal para outra e vice-versa!

Procurarei aqui mostrar algumas diferenças que eu senti quando aqui cheguei em relação ao que estava acostumado no Brasil – sim escrevi no passado, porque sei que hoje muito daquilo que eu achava estranho já me habituei e muitos hábitos se tornaram também meus 😉

1 – LIMPEZA DOMESTICA

Em 2007 quando cheguei, depois de praticamente uma semana já escrevi sobre algumas diferenças que eu havia notado – principalmente em relação à limpeza.

No Brasil

Sim, porque vamos lembrar como é a limpeza de um brasileiro?

Enche o balde com sabão – de preferência sabão em pó porque faz mais espuma, inclui uma ou duas tampinhas de água sanitária (para matar os micróbios) e CHUAAAAAAAAAAA

Joga a água no chão até sentir o barulho da água batendo na parede oposta e levando a sujeira)…

Depois meio que começa a dançar no meio daquela água toda, cantarolando algo do tipo “lata d’água na cabeça, là vai Maria, là vai Mariiiiiia…”

E vai o rodo pra lá, vem rodo pra cá, depois de alguns minutos – que parecem horas – tudo vai pro ralo abaixo…

Ok, talvez somente eu lavava a minha casa assim no Brasil, mas como disse lá no início, estou falando das minhas experiências 🙂

Na Italia

Como o Franco bem lembrou no seu artigo, aqui na Italia não tem ralo!

Uma das situações mais engraçadas acontece quando você hospeda um brasileiro na sua casa, ele quer te agradecer de alguma forma e quando você chega descobre que sua casa està completamente A-LA-GA-DA!

Por que?

Porque não tem ralo!

Aqui a limpeza è feita de outras formas, geralmente começamos tirando o pó das coisas, com um equipamento como este abaixo:

Em seguida utilizamos pequenos pedaços de panos, como os ‘lencinhos umedecidos’ que existem no Brasil, com a diferença que aqui cada um serve para uma coisa:

E o que fazer se não existe rodo?

Simples: usa o mocio:

A utilização do mocio è igual ao bidé: no começo todo mundo tem nojo e acha que não limpa bem, depois descobrem que è uma verdadeira maravilha rs

2 – SINCERIDADE NUA E CRUA

Esta é talvez uma das diferenças culturais mais gritantes entre o Brasil e Itália e para explicá-la recorro a uma pequena história, que conto aos clientes e amigos:

Imaginamos a seguinte situação: você está com o voo marcado para o dia seguinte, seu avião partirá às 08:00 horas da manhã e você precisa que alguém que te leve ao aeroporto.

Pedindo para um brasileiro, que entra às 08:00 da manhã no emprego e SABE que não terá como te levar, a resposta dele è mais ou menos assim:

– Fabio, fica tranquilo que a gente vai dar um jeito!

Vou ligar pro meu chefe, explicar a situação e claro que ele vai deixar, afinal preciso levar um amigo no aeroporto…

Resultado: no dia seguinte, 7:30 da manhã e com voce jà tendo arrancado metade dos cabelos tentando ligar no celular do amigo – sempre caindo na caixa postal ou nao respondendo.

Eis que consegue falar com ele que te responde:

– Puuuutz, cara sacumé, você acredita que não me liberaram para te levar?

E você perdeu o seu voo…

Pedindo para um italiano, que também entra às 08:00 da manha no emprego e SABE que nao terà como te levar, a resposta dele è mais ou menos assim:

– Fabio, não tenho a menor condição de te levar no aeroporto, pois neste horário estarei trabalhando, por isso è melhor você procurar outra pessoa ou outra alternativa!

Resultado: voce nao esperou a ajuda do cara, ligou para um serviço de táxi e graças a Deus correu tudo bem e você conseguiu embarcar em tempo. E nao perdeu o seu voo…

Conseguiram distinguir a diferença cultural aqui?

O italiano (o europeu em geral) não tem meio-termo: ou é, ou não é!

Se você tem um problema, fale na cara, de forma franca, jamais fale pelas costas, pois isso aqui è considerado falta de caráter – e convenhamos, é falta de caráter!

No Brasil existe a palavra melindre que segundo o dicionàrio Michaelis significa, entre outras coisas: Cuidado extremo em não magoar ou ofender por palavras ou obras.”

E é aqui que a porca torce o rabo, pois usualmente temos tanto, mas tanto medo em magoar os outros que acabando fazendo promessas mesmo sabendo que não poderemos cumpri-las!

O italiano – ao contrário – aprendeu desde pequeno que magoar uma pessoa è exatamente o oposto: prometer algo que saberà que não poderá cumprir.

E este comportamento para um brasileiro (melindroso) è considerado estúpido ou mal-educado.

Já o comportamento do brasileiro para o italiano (rígido) é considerado falta de caráter, de comprometimento, de confiança…

Eu mesmo já me vi em situações embaraçosas, como por exemplo um cliente que bateu na minha porta determinado dia (num domingo) para reclamar que o italiano com quem ele dividia a casa era muito mal-educado e ele não estava mais suportando a situação.

Quando eu perguntei o que havia acontecido ele me respondeu:

– Você acredita que ele passou por mim e não me deu bom dia?

Sim, caros leitores, juro que isso aconteceu e quando eu escrever o livro ‘As pérolas da Minha Saga’ vai constar lá com certeza!

Minha resposta italianizada:

Ok fulano, você bateu na minha porta num pleno domingo apenas para me dizer que alguém não te cumprimentou, o que você quer que eu faça?

Naquele momento, com base na cara toda chorosa do rapaz, percebi que na verdade ele não queria que eu fizesse nada, queria apenas desabafar com alguém suas frustrações…

3 – AS RELAÇÕES ENTRE AS PESSOAS E A AMIZADE

Acredito que uma das maiores lições que aprendi aqui na Itália è que chamar um amigo de amigo é como a frase eu te amo: não deve ser falada da boca pra fora!

Aprendi também que as amizades sao construídas ao longo do tempo, e quando alguém disser que é seu amigo, é porque é verdadeiramente seu amigo e que fará qualquer coisa por você.

Mais uma vez recorro a uma frase do blog da Bárbara – o Brasil na Itália que já tinha usado em 2008:

“O brasileiro está acostumado a ter um milhão de amigos. Você senta em um bar, conhece uma pessoa nova, na próxima vez que o encontrar já o apresentará como “esse aqui é meu amigo fulano de tal”. Na Italia receber o título de “amigo” é quase tão difícil como conquistar uma medalha de ouro nas Olimpíadas.”

Porém aproveito para roubar um pouco mais do artigo original dela para enriquecer o argumento:

Se você trabalha sempre com uma pessoa, depois vai a uma festa com essa pessoa, como a apresenta?

O italiano dirá “questo é il mio collega fulano de tal”.

Sim, sempre colega mesmo que vocês trabalhem juntos há anos!

Será que é só um modo para dizer a mesma coisa?

Vamos apelar ao dicionário

Collega: compagno di professione, di studi, di ufficio, ecc. Socio in un’impresa, in un’attività, chi si trova nelle stesse condizioni di un’altra persona.
Amico: che è benevolo; chi è legato a qualcuno con affetto e familiarità: l’amico d’infanzia, l’amico del cuore.

Entenderam? O que diferencia um do outro é o sentimento.

O collega é um colega por simples casualidade, o amigo é aquele do coração, que faz parte da nossa vida.

Talvez o brasileiro chame todo mundo de amigo porque mesmo por um breve período de tempo, deixa que aquela pessoa entre no seu coração. Aqui é preciso demonstrar, provar, merecer.

Na Itália cada um tem o seu papel e deve saber muito bem como não ultrapassar os limites da vida alheia.

Tanto é que uma das expressões mais usadas é “Non mi permetterei mai” ou “Non ti permettere”.

Como você pode perceber, na Itália não trata-se apenas de uma questão de semântica: quanto mais cedo você aprender isso, mais rápido será sua adaptação por aqui 😉

22 Comentários


  1. É extremamente empolgante constatar o quanto a cultura italiana é mais evoluída em sua maioria, das questões mais substanciais às mais epidérmicas. Como sempre deduzi (mesmo antes de ter acesso suficiente aos fatos e informações necessários): o Brasil (tristemente) é uma piada imoral quando comparado aos países sérios, principalmente nos aspectos relacionados a civilidade.

    Não vejo a hora de ter acesso a padrões morais e intelectuais mais elevados. Já me sinto até um pouquinho mais italiano! rs

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  2. Gostei do blog,que conheci pela comunidade do facebook.
    Achei interessantes os comentários.Conheço vários italianos,que são muito amigos meus e são realmente assim,francos.No entanto,eu também sou muito franca,me adapto bem a isso rrsrsrs.Por ser franca e falar “na lata” as pessoas às vezes acham que sou grossa,mas no fim das contas eu é que acho que tem muita gente fingida e vivendo só de social por aí…rsrsrs.

    Anna,conheço outras pessoas que dizem ter dificuldade de fazer amizade no Brasil,apesar de dizerem que o povo é amistoso,aberto,etc.Mas existe uma parte do povo brasileiro que é muito fechada mesmo,acredite,eu que sou brasileira já sofri com isso também.

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  3. Penso que estas questoes culturais dependem muito de onde as pessoas vem e aonde vao. Eu sou romana e aqui em Roma as pessoas fazem amizade rapidamente e beijos e abraços sao dados mesmo que nao se queira. Ja meus parentes brasileiros “brasilienses” sao muito reservados e até frios respeito a nos…sinto uma buoa diferenza quando vou ao Brasil para fazer qualquer visita.

    Anna

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  4. Morei ai por 4 anos e tb assimilei a cultura italiana.Estou no Brasil ha 4 meses e que estranha esta sendo a minha adaptaçao,tb hj sou uma pessoa bem mais objetiva nos meus conforntos.Um abraço.

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  5. Fabio, cada dia que passa gosto mais de ler suas historias!!!! 🙂
    E agora com seu post… vejo que sou uma verdadeira italiana… sem rodeios para falar e muitas vezes sou muito criticada por isso aqui no brasil. As pessoas não gostam de ouvir a verdade… elas preferem uma desculpa do que ouvir o que realmente é…
    Bjo

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  6. Que òtimo que o post tà rendendo boas trocas de experiencia, ADORO rsrsrs

    Juliana – eu poderia escrever um novo blog sò com diferenças culturais kkkkk mas vou fazer outros sim, a partir da observaçao 😉

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  7. Ola, Fabio

    Gostei muito do post. Antes de sair criticando a cultura de um pais é preciso conhece-la primeiro.

    Sou uma pessoa que tenta ao maximo se integrar em um novo ambiente e talvez por este motivo que estou bem e em harmonia aqui na Italia. Porem, como disse a Anonima do dia 15 de julho, tenho uma grande dificuldade em fazer amizades por aqui, principalmente com pessoas da minha idade.

    Sobre limpeza, no começo achava incomodo limpar o banheiro sem poder molhar bem o chao. Hoje ja tenho uma tecnica bem mais pratica e nem por isso menos higienica. O que nao consigo aceitar é a falta de um tanque para poder lavar coisas que nao podem ir para a maquina. Mas isso é um problema de projetaçao da minha casa.

    Ha muitos outros aspectos interessantes entre essas diferenças culturais que merecem mais um post.

    Um abraço

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  8. Ola Fabio,

    Estou na Italia ja faz um bom tempo e começo a nao pensar nas diferenças em alguns casos, pois tb assimilei muito da cultura italiana. Nunca fui do tipo de abraçar e beijar as pessoas por qq motivo sempre fui reservada nesse aspecto, mas nao consigo aceitar essa “dificuldade” em se fazer amizades na Italia. Acho um exagero, as pessoas tendem a se sentir muito mais sozinhas por aqui. Mas a vida é tao curta para se fechar assim para novas amizades (morei em uma cidadezinha entre as montanhas e como estrangeira foi muito dificil ganhar a confiança dos meus colegas de faculdade,nao sabia como “conquista-los”, hj entendo mais como funciona mas nao concordo). Sobre o diz e nao faz do brasileiro, tb nao gosto, acho muitas vezes falta de consideraçao marcar algo e desmarcar como se nada fosse, acho q. tenho um lado alemao escondido, pois levo a serio, e ja me estressei varias vezes com isso rs. Mas aqui na Italia ja passei por isso tb uma vez, tento achar uma meio termo mas naum é simples assim…abraçossss

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  9. In effetti esistono molte differenze tra gli usi e costumi italiani con quelli brasiliani. Ma devo dire che non è solo con il Brasile che esistono queste differenze. Ovviamente i lettori di questo blog e di altri analoghi conoscono generalmente solo queste due realtà.

    Ma per dare una risposta al blog, dove parla di amicizia, Fabio ha centrato il bersaglio. Giunto alla non più verde età di 60 anni posso affermare che in Italia non ho amici, magari buoni conoscenti, quando lavoravo avevo colleghi di lavoro dei quali mi fidavo. A volte si usava la parola amico ma era più un modo di dire che una vera affermazione.

    Da quando l’imperscrutabile destino ha deciso di scaricarmi in Brasile sembra che il concetto di amicizia abbia travalicato il suo significato, e questo ho potuto apprenderlo vivendo un’esperienza simile a quella precisa de alguém que te leve ao aeroporto.

    Nel mio caso non era l’aeroporto, ma una semplice gita al mare con tutta la famiglia (e qui quando si parla di famiglia si intendono circa 10/15 adulti e un’asilo infantile al seguito).

    Dopo due ore d’attesa abbiamo “fretato” un pau-de-arara che ha risolto il problema. Al ritorno abbiamo scoperto che il camion dell’amico era stato usato per fare un trasloco, che con i tempi locali di lavorare è terminato solo a mezzogiorno.

    In questo caso, quello che mi ha sorpreso, è che nessuno si è lamentato, la frase più usata è stata “Pode acontecer” seguita dall’immancabile “Que faz? Fomos na praia mesmo!“.

    In compenso, dopo alcuni anni, mi sono adattato alla perfezione, diventato più nordestino dei nordestini, ad esclusione degli abbracci, che qui vanno alla grande, ma io non riesco ad abituarmi.

    Giancarlo
    il Mosta

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  10. Ola Carlos

    Com certeza quanto mais informaçoes voce tiver mais facil è para encontrar o documento, se puder me envie os dados que voce tempo por email que eu verifico se é possivel efetuar uma pesquisa – [email protected]

    Abraços

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  11. Olá

    Fábio

    Desde já agradeço por te tirado minha dúvida.

    Agora eu gostaria de perguntar como eu faço para conseguir a certidão de nascimento do meu antenato italiano, e gostaria de saber também se sabendo a data de nascimento e o nome dos pais do meu antenato italiano, fica mais fácil para conseguir a certidão de nascimento já que o sobrenome pode estar diferente do sobrenome de registro na Itália do meu antenato.

    Abraços

    Responder

  12. A-D-O-R-E-I!!!

    Come sempre tu riesci a stupirmi, perchè riesci a spiegare usi e costumi diversi in una forma così chiara e semplice che poche persone riuscirebbero.

    Sulla pulizia mi hai fatto venire in mente i primi giorni che mia moglie era in Italia. La prima cosa che ha fatto è stata proprio quella di “allagare” il bagno, per poi non sapere come togliere tutta l’acqua, e io preoccupatissimo per la paura che l’acqua finisse dal vicino di sotto. Poi ricordo una volta che ha voluto lavare in lavatrice, non so più quale “roupa”, versando direttamente nel cestello quasi mezzo flacone di detersivo per i piatti SUPER-CONCENTRATO! Non hai idea di quanta schiuma abbia fatto e i problemi per dopo pulire.

    Sulla sincerità forse è quello che mi sta creando più problemi qui in Brasile, dato che anche mia moglie, pur amandomi e conoscendomi, ancora adesso pensa che io, essendo italiano, sia molto maleducato e “grosseiro”, quando invece sono solamente sincero con lei e con tutte le persone che frequento. Odio le persone false e qui in Brasile, che nessuno me ne voglia, anche se tutti quando parlano ti sorridono, penso che in verità nascondino una “falsità” che io non capisco e non sopporto.

    Per quanto riguarda l’amicizia, penso che tu e Barbara avete già detto quello che serve: Na Italia receber o título de “amigo” é quase tão difícil como conquistar uma medalha de ouro nas Olimpíadas. Ma questo non perchè noi italiani non siamo socievoli, ma per il fatto che diamo MOLTO valore all’amicizia, e prima di dare questa definizione a qualche persone, noi ci pensiamo bene.

    Un grandissimo abbraccio.

    Responder

  13. Ola Carlos

    Para saber qual o sobrenome correto, é necessario conseguir a certidao de nascimento do seu antenato italiano e caso os documentos brasileiros sejam diferentes, basta solicitar a retificacao judicial destes documentos.

    Abracos

    Responder

  14. Olá
    Fábio, antes de mais nada parabéns pelo seu blog que nos ajuda muito!!
    Então eu tenho uma dúvida a respeito do meu sobrenome,porque eu tenho um primo que estava tirando a cidadania italiana, mas surgiu um problema, pois falaram para ele que esse sobrenome não constava nos cartórios de Verona(cidade onde nasceu meu bisavô); ele andou pesquisando e falou que o jeito correto de escrever é Veronese ou Veronesi, agora vem a minha dúvida como eu posso descobrir se meu sobrenome não está correto.
    Se acaso o meu sobrenome não estiver correto, como posso descobrir qual é o jeito correto de escrever meu sobrenome para que eu possa fazer o pedido certidão negativa do meu bisavô na Itália, já que aqui no Brasil meu bisavô no desembarque foi registrado com o sobrenome(Veronezi), e se acaso estiver escrito de forma errada eu terei que modificar os sobrenomes do meu avo e do meu pai e o meu?

    Abs
    Carlos Eduardo

    Responder

  15. Olá Saga, verdade que por ai é dificil encontrar pelas cidades uma caroça puxada por um cavalo?
    Aqui no Brasil se fala muito da crise europeia, realmente o povo ai está passando por momentos dificeis, ou está se exagerando sobre este tema aqui no Brasil?
    Un abbraccio, Jorge Henrique

    Responder

  16. Querida Barbara

    😉

    Sobre a questao dos clientes, isso è a mais pura verdade e também aprendi a pensar como voce: cliente bom è aquele que compartilha dos mesmos interesses, se nao è assim, è melhor nao ter!!! Jà perdi as contas de quantas pessoas nos procuraram e durante a negociaçao percebemos que a coisa nao daria certo, que nao havia aquela ‘cola’ e isso acreditamos ser fundamental. Dai nada como ser sincero e dizer a verdade (all’italiana kkkk): – Olha fulano, percebemos que voce nao se encaixa no perfil dos clientes da Minha Saga e por isso nao temos como prestar consultoria no seu caso e te desejamos boa sorte!

    Agora imagine fazer isso no Brasil?? Acho que eu ia parar o programa do Ratinho kkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Abs

    Responder

  17. E’ verdade Cleber, esqueci de falar do lixo, porque pàra pra pensar como no Brasil a coisa è nojenta: voce tem no seu banheiro um lixo cheio de cacaaaaaaaa suja!

    Porque meu Deus nao fazem a tubulaçao um pouco mais larga, jà que o papel (penso, nao tenho certeza) também è biodegradàvel por là???????

    Abs

    Responder

  18. Parabens, Fabio. Belissimo post! Os italianos sao pessoas muito francas.. as vezes exageradamente… e usam muito a razao no lugar da emoçao. Mas uma vez conquistado o lugar num coraçao italiano è pra sempre. Abraço. Marcio.

    Responder

  19. Oi Fábio,
    Adorei o artigo, antes mesmo de chegar na parte em que você cita o meu post. 🙂

    Gosto muito de relembrar essas pequena diferenças. Como você mesmo disse, depois de muito tempo na Italia, a gente acaba assimilando os hábitos italianos e eles acabam virando normais.

    Uma outra coisa que eu me lembrei agora. Por exemplo: a Barbara brasileira acreditava que nenhuma empresa do mundo deveria perder clientes, como se fosse um erro gravíssimo. Já a Barbara italiana acha que às vezes existem clientes que é melhor perder do que achar. Ou simplesmente, mesmo que seja um cliente ok, ninguém precisa morrer de trabalhar se já tem uma quantidade de trabalho suficiente.

    É um pouco difícil traduzir em palavras, mas quando morava em São Paulo pensava que o máximo do sucesso era trabalhar sempre. Hoje estou tentando me preparar para ter uma vida equilibrada, com bastante tempo para minha família e o trabalho suficiente para viver bem: ou seja, em equilíbrio entre tempo em dinheiro. Não é uma coisa simples, como você bem deve saber e eu tenho mais a tendência de ficar super ocupada do que de ter tempo livre. Mas ainda chego lá…

    Até a próxima,

    abs

    Babi

    Responder

  20. Muito bem explicado Fabio, resumindo tudo “aqui” é mais facil, rápido e acessivel….sem falar das perguntas do povo, como: cade o lixo no banheiro??? Pode jogar o papel na privada e dar descarga, posso?? E se entupir…..e por ai vai……
    abs

    Responder

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