Férias no Leste Europeu 13 Anos Depois

Em 2009 eu fiz a minha primeira viagem para o leste europeu e felizmente consegui registrar os micos e as enrascadas que passei por lá.

Você pode acompanhar as peripécias aqui, aqui e aqui.

Naquela época, eu tinha acabado de obter o reconhecimento da minha cidadania italiana, e também tinha começado há pouco a trabalhar como consultor aqui na Itália.

Ou seja, eu estava começando a minha jornada aqui na Europa, sem muito dinheiro, sem falar inglês e por isso os micos foram inevitáveis 🙂

E, voltar a fazer esse percurso doido, depois de 13 anos, foi muito interessante.

Quando eu leio estas minhas antigas peripécias, nem parece que foi eu quem as escreveu, louco isso, né?

E foi pensando nisso que eu resolvi escrever este novo artigo, pra compartilhar com vocês como eu vejo as coisas depois de 13 anos.

Bóra?

ÁUSTRIA, REPÚBLICA TCHECA E HUNGRIA

Nas primeiras férias no leste europeu, eu escolhi visitar Bratislava (Eslováquia), Viena (Áustria) e Praga (República Tcheca).

Desta vez, resolvi mudar e, ao invés de ir para Bratislava novamente, eu resolvi ir a Budapest, na Hungria.

Eu já conhecia todos estes lugares, mas é importante lembrar que dessa vez eu não fui sozinho: estava muito bem acompanhado da minha linda esposa Franciane e da minha sogrinha Tina.

Eu e a linda já tínhamos estado juntos em Paris, pois viemos pra Itália durante a pandemia, como você pode acompanhar aqui, então tudo era novidade pra ela 🙂

1º PASSO – A COMPRA DAS PASSAGENS AÉREAS

A viagem começou com a compra das passagens, de Pisa para Viena.

Pra variar, utilizamos a Ryanair, que já se tornou a nossa companhia preferida para voar aqui pela Europa.

A passagem de ida custou 38,99 para cada um de nós, lembrando que nessa tarifa a gente incluiu levar uma mala de mão junto com a gente, além da tradicional bolsa ou mochila.

Já a passagem de retorno custou 53,95 por pessoa, totalizando então a bagatela de 92,94 euros por pessoa 😱.

Aliás, já fica a dica aqui pra vocês: quando comprarem as passagens na Ryanair.

Ao planejar a viagem, verifique se vale a pena incluir uma mala de mão, pois dependendo da tarifa e do tempo que você vai permanecer viajando, pode ser uma boa ideia 😉

Veja um exemplo:

Nessa tabela, você pode perceber que a menor tarifa, aquela de apenas 12,99 euros, te permite embarcar apenas com uma bolsa / mala / mochila que tenha as medidas 40 cm x 20 cm x 25 cm.

Se você entrar no site da Amazon, vai encontrar diversas mochilas que já foram criadas para esse fim, como essa aqui.

Se é uma viagem de 1 ou 2 dias, até dá pra viajar apenas com uma mochila destas.

Porém se você vai ficar mais tempo, vale então a pena pagar 27,50 a mais por cada trecho e assim poder levar essa mochila + uma mala de mão com até 10 quilos e ainda poder escolher o seu assento no avião.

Sim, pela tarifa base e barata, quem vai dizer onde você vai sentar é a Ryanair 😎.

2º PASSO – O PLANEJAMENTO DA VIAGEM ENTRE OS PAÍSES DO LESTE EUROPEU

Tenho que confessar a vocês que eu amo planejar viagens que englobem vários destinos.

São tantos os detalhes envolvidos, como reservar os hotéis, pensar em como será o deslocamento entre as cidades (neste caso, entre os países) e tantos outros detalhes envolvidos, que eu adoro!

A primeira coisa que eu faço é abrir uma planilha no Google Drive e começar pelas datas da viagem, depois vou pensando no roteiro, jogando cada informação nesta planilha.

Aqui você pode ver os dados da planilha que eu criei para essa aventura, veja abaixo:

3º PASSO – COMPRAR OS BILHETES E RESERVAR OS HOTÉIS

Nesse caso, eu já sabia que chegaríamos em Viena no dia 22 de dezembro às 10h35 da manhã e voltaríamos de lá no dia 29 de dezembro às 11h00.

Então o desafio aqui era planejar cada um dos dias, com os respectivos destinos e tal.

Outra informação importante: a linda queria passar o Natal em Praga, então além da certeza do horário de chegada em Viena e da partida pra Pisa, era que no dia 24 de dezembro tínhamos que estar em Praga.

Aí foi só buscar no Google a forma mais fácil de ir de Viena para Praga, de Praga para Budapest e, por fim, de Budapest para Viena – de preferência um dia antes do voo, para não corrermos nenhum risco.

EMPRESAS QUE EU USO PARA VIAJAR

Aqui quero trazer a vocês quais as companhias que eu normalmente utilizo em nossas peripécias.

A primeira coisa que eu faço quando eu quero conhecer um novo lugar, é jogar no Google o que eu quero!

Por exemplo, eu coloquei “come viaggiare da Viena a Praga” (sim, eu sempre pesquiso em italiano).

Nesse caso, encontrei o blog Hellotickets que escreveu um artigo bem bacana sobre as formas de viajar entre a capital da Áustria e a capital da República Tcheca.

Ali eu puder perceber que a melhor forma era de trem.

Rápido, prático e barato!

Entrei no site da RegioJet e lá comprei as nossas passagens de Viena para Praga.

O valor das três passagens foi de 86,70 euros (veja os detalhes dos horários e dos valores na imagem da planilha)

Outro serviço que eu sempre uso é o Booking, ali não tem segredo: é entrar no site, colocar o destino, os dias e a quantidade de pessoas, e escolher o lugar adequado às nossas exigências.

Eu procuro sempre ficar em locais próximos a transportes públicos, com nota superior a 8 pontos de avaliação da galera.

Outro serviço que conheci há pouco tempo e que temos usado com alguma frequência é o Flixbus e o Flibco.

São companhias de ônibus que acabam nos ajudando bastante, principalmente quando vamos para a Bélgica, por exemplo.

Antes de conhecer esses serviços, pra ir a Bruxelles ou Brugge de Charleroi, eu desembarcava no aeroporto de Charleroi, ali pegava um ônibus de linha até o centro da cidade e só então pegava o trem direto pra Buxelles, Brugge ou Gant.

Agora, a gente já pega o ônibus direto do aeroporto de Charleroi, desembarcando já na cidade de destino, sem precisar sair do aeroporto de Charleroi.

Também já usamos pra ir de Amsterdan para Bruxelles e de Budapest pra Viena.

OK, MAS E AS PERCEPÇÕES???

Tá, me empolguei querendo dar os detalhes da viagem e já ia me esquecendo de compartilhar as minhas percepções e o que eu vejo de diferença entre a primeira viagem.

Aproveito já para falar de algo que aconteceu ao longo dessa viagem e que tem tido um efeito muito positivo.

Lembra que eu deletei o meu Instagram?

Eu falo sobre isso nesse artigo aqui.

Pois bem, vocês não tem ideia do quão maravilhoso é perder a mania de “pegar o celular” e começar a fazer stories a cada momento da viagem!

Eu ainda vou falar sobre essa experiência, mas o fato de simplesmente esquecer do celular, e realmente aproveitar cada momento e cada descoberta, é indescritível.

E isso me fez voltar a um antigo hábito: escrever em um bloco de notas tudo que acontece, para depois vir aqui e compartilhar com vocês 😊.

Lá nos idos de 2007, eu fazia isso literalmente em um bloquinho de anotações físico.

Agora eu uso o aplicativo Note do iPhone, olha só o spoiler do que eu vou compartilhar em seguida:

Muito bom voltar a pensar:

Mammamia, preciso anotar isso para não esquecer de compartilhar com a galera do blog…

Agora sim, bóra dividir com vocês as minhas percepções destes lugares todos que a gente visitou, começando pela capital da Áustria.

VIENNA

Pensa em um lugar caro!

E olha que eu vivo na Europa há mais de 15 anos e já tive a oportunidade de conhecer 26 países e, se me lembro de lugares caros, penso em Londres, Copenhagen e Vienna.

Então, se o seu objetivo é visitá-la, já se prepare financeiramente e tire o escorpião do bolso, ok?

Outra coisa que percebemos é que não existe praticamente nada escrito em inglês.

Sejam as placas das ruas, sejam as indicações das estações de metrô e ônibus.

Como lá na minha primeira viagem eu não falava inglês, nem tinha percebido isso.

Agora eu estranhei.

Aliás, na Bélgica e na Holanda também percebemos isso, que praticamente em nenhum lugar fazem questão de “ajudar o coitado do turista” que não fala holandês, francês ou alemão.

Tu que lutes rs

FRIO

Outra coisa que percebemos já na saída do aeroporto foi o frio de lascar!

Ainda que estivéssemos todos muito bem agasalhados, a linda começou a sentir muito frio, pois ela ainda não tinha comprado a bota boladona que ela acabou comprando em Budapest.

Eu vendo aquele sofrimento da guria, resolvi entrar com ela em uma loja de souvenir, pois todas as lojas são aquecidas.

Então a dica que eu te dou é: sempre que você estiver passando frio em um país pelas bandas de cá, entre em um café ou bar para bebericar algo quente (ou tomar um absinto que vai te tirar do corpo) OU se você não curte ou quer bebericar um café ou álcool, entre em uma loja.

Se possível, uma loja de souvenir, já que ali você poderá ficar um bom tempo, e sentir a alma voltar pro corpo 🙂

Depois que o sangue da linda voltou a correr, fizemos uma foto todos juntos:

VIENA DAY CARD

Outra dica que eu quero dar sobre Viena é o cartão diário do transporte público.

Ele custa 8 euros e dá direito a viajar ilimitadamente nos ônibus, trams e metrôs da cidade.

Você pode comprá-lo diretamente nas máquinas da estação de trem, olha a cara dele:

Isso realmente facilitou muito a nossa vida, pois a gente andou “pra cima e pra baixo” pegando metrô e também o tram.

Ao entrar no transporte escolhido, basta aproximar o cartão no leitor e pronto!

Só toma cuidado porque tem dois tipos de máquina leitoras de cartão no ônibus ou tram, então você precisa usar aquela que tem o leitor de QR Code.

O mesmo no metrô: não são todas as catracas que tem o leitor, então atenção para não ficar ali perdido ou perdida 😉

Ô LUGAR RUIM PRA ENCONTRAR RESTAURANTES…

Não sei explicar bem, mas tivemos bastante dificuldades para encontrar restaurantes em Viena.

Mesmo usando o Google, ou o TripAdvisor, como sempre fazemos aqui na Europa, nem sempre a gente conseguia encontrar o local aberto.

Pode ser que era antevéspera de Natal?

Até pode.

Mas mesmo assim foi estranho.

Perdemos bastante tempo buscando opções, e no fim acabamos encontrando o restaurante Ofenloch.

Comida boa e ambiente agradável.

Só o serviço deixou um pouco a desejar, mas nada que pudesse estragar a nossa viagem 😊.

FIM DA PRIMEIRA PARTE DAS NOSSAS FÉRIAS NO LESTE EUROPEU 😊

Assim como eu fiz lá em 2009, também vou dividir este relato em alguns artigos.

Tenho ainda muita coisa pra contar pra vocês sobre estas nossas férias no leste europeu, treze anos depois da minha primeira ida 🙂

Quero compartilhar a nova experiência de ir de trem de Viena pra Praga (incluindo o velhinho doido!), como foi passar o natal em Praga, conhecer algumas partes de Praga que eu não conhecida, incluindo a experIência doida com o véio motorista mijão (pois é…).

Quero ainda contar sobre a viagem de Praga pra Budapest de ônibus, a experiência que foi conhecer o 26º país e tantas outras coisas que eu deixei anotado por aqui.