Os Blogs Morreram?

Leia novamente o título deste artigo e me responde já lá embaixo, no campo de comentários: na sua opinião, os blogs morreram?

Os Blogs Morreram?

Claro que tem uma provocação implícita aí, pois se você está aqui, é porque eles estão mais vivos do que nunca!

Mas, por que tanta gente acha que os blogs morreram?

E a resposta é simples: porque eles não percebem que estão consumindo informações em diversos blogs por aí…

E por que raios eu resolvi escrever um artigo para falar sobre isso?

Porque eu tenho visto muita gente se prejudicar com o uso frequente e desenfreado das redes sociais.

A MUDANÇA DO CONSUMO DE INFORMAÇÕES

Talvez porque ontem eu completei 46 anos e estou já partindo para os cinquenta, mas o fato é que eu tenho percebido um problema muito grande com a forma que as pessoas tem consumido informação atualmente.

Eu tenho a impressão de que na minha época (frase tipicamente de velho!) as pessoas consumiam – e absorviam – informação de forma mais consistente.

Hoje, com o advento das redes sociais, estamos sendo bombardeados de informações a todo momento, pois basta tirar o celular do bolso e ter acesso a uma quantidade imensa de informações, logo ali.

E, a meu ver, isso tem transformado parte das pessoas em completos “zumbis digitais”.

Quase todos os dias eu me deparo com situações que ilustram bem isso, veja o que aconteceu hoje:

Eu publiquei essa imagem no meu feed do Instagram:

E usei essa legenda aqui:

Ciao bimbi belli, amanhã vou conversar com a Marcela, uma baita especialista no mercado de trabalho aqui na Italia e que vem ajudando a galera a conseguir trabalho pelas bandas de cá.

Se você quer entender como se preparar para enfrentar o mercado de trabalho por aqui, clique no link que eu deixei na página principal do meu perfil aqui mesmo no Instagram para poder acompanhar o nosso bate papo ao vivo 🙂

Bom, qual é o meu objetivo com o texto acima?

Que a pessoa clique na imagem do meu perfil, e encontre isso aqui:

Ao encontrar e clicar no link que está ali bem vistoso e aparente, ela será direcionada ao vídeo no YouTube.

Uma vez no vídeo, ela encontra essa tela:

Vejam: eu gastei cerca de 6 segundos entre clicar no link da BIO no Instagram, depois clicar no link que me levou ao Youtube e lá ver a imagem acima.

Agora, sabem quais foram os primeiros comentários deste artigo?

Pasmem os senhores:

Perceberam os três comentários ali no lado direito?

Com certeza estas três pessoas demoraram mais do que os seis segundos que eu levei para descobrir o dia e horário do bate papo, incluindo até a possibilidade de clicar em definir lembrete e serem avisados quando nós estivermos no ar.

E isso, pra mim, é uma das piores consequências que redes sociais como o Instagram e o Tik Tok trouxeram para a nossa sociedade: o fim da curiosidade e o aumento do imediatismo, sem sequer parar para pensar um pouco…

Nossa Fabio, você não está exagerando?

Pensemos juntos:

1 – A pessoa teve sequer a curiosidade em querer clicar no link para saber do que se tratava (embora a legenda já explicava, com clareza)?

Não, nenhuma curiosidade!

2 – Muito provavelmente estas pessoas sequer conseguiram concluir algum tipo de raciocínio, já correram para ter a resposta à dúvida (olha o imediatismo!), perguntando pra mim o horário ao invés de parar e pensar:

Caraca, que coisa maravilhosa que o Fabio está fazendo!

Ele vai tirar um tempo da agenda dele, assim como a Marcela também vai tirar um tempo da agenda dela para trazerem pra gente um baita conteúdo!

Deixa eu correr lá no link para já ir ao vídeo do YouTube e clicar no tal definir lembrete, assim eu vou ser avisado ou avisada quando esse bate papo vai acontecer, pois é o tipo de conteúdo que todo mundo cobra uma grana para dar…

E preciso deixar aqui registrado que a utilização destes exemplos acima não é de forma alguma pessoal contra as pessoas em si, mas sim para ilustrar um comportamento comum que eu percebo aumentar a cada dia.

BLOG = COMUNIDADE + PROFUNDIDADE

Pra mim, as redes sociais, principalmente o Instagram, carecem de coisas que são super importantes na minha vida: o senso de comunidade e a profundidade das conversas!

Por lá, não há uma interação verdadeira!

Não rola nem entre eu e vocês, e nem entre vocês mesmos!

Simplesmente porque o objetivo dela é criar calo no seu dedo e dor na articulação do seu ombro!!!

Ou vai me dizer que isso não é verdade?

Os Blogs Morreram?

Já o próprio formato de um blog é o oposto disso.

Ele foi criado para ser uma área de interação, onde você lê um artigo e tem a ferramenta ideal para comentar, discutir e debater sobre o assunto daquele artigo.

E da parte de cá, tem a minha resposta ao seu comentário, e assim por diante…

Sem contar que, em um artigo, eu posso aprofundar muito mais o assunto do que eu conseguiria em qualquer rede social por aí.

Além do texto, que a própria plataforma já o deixa agradável de ler, sem estar espremido ou minúsculo, eu posso inserir imagens, vídeos ou quaisquer outros elementos para deixar a leitura mais profunda, mais completa e mais rica.

Olha só esse artigo aqui.

Perceba o quanto ele é completo, com links para outros artigos (que o enriquecem!), links para sites e vídeos externos e tudo mais necessário para que você possa ter tudo que precisa por ali.

Agora volte naquele mesmo artigo e vá direto para a sessão de comentários.

Ali você vai encontrar não apenas dúvidas muito bem elaboradas sobre o conteúdo do artigo (pois a pessoa precisou LER todo o artigo antes de deixar um comentário), mas também compartilhamento de experiências.

Ou seja: os blogs são são apenas ferramentas de compartilhamento de conteúdo da parte do produtor, mas também é um local onde os leitores podem deixar suas dúvidas, compartilhar suas histórias e até mesmo interagir uns com os outros.

Essa é a mágica e por isso que os blogs não morreram e nunca morrerão!

EXEMPLO PRÁTICO DA IMPORTÂNCIA DOS BLOGS

Outro exemplo supimpa da importância dos blogs, que responde uma das premissas que eu deixei lá no início deste artigo, de que as pessoas sequer percebem que estão navegando em blogs…

Estes dias comentei com a minha esposa linda sobre a ideia de irmos conhecer Israel.

Aí, qual é a primeira coisa que fazemos quando queremos descobrir algo novo?

Corremos para o tio Google…

E vejam as respostas que apareceram quando digitei “o que conhecer em Israel“:

Os Blogs Morreram?

O primeiro resultado é o blog Melhores Destinos.

Não Fabio, o Melhores Destinos não é um blog, é um site.

Então, isso é o que você pensa 🙂

Normalmente site é algo estático; enquanto um blog é sim um site, mas estruturado de forma que você possa encontrar diversas postagens (também chamadas artigos, posts) em uma estrutura hierárquica de fácil navegação.

Tipo isso aqui:

Os Blogs Morreram?

Percebeu a estrutura? Guia de Destinos > Oriente Médio > Israel > Israel > O que fazer em Israel

E tem mais!

Continuando os resultados do Google, aparece em seguida:

Ou seja, vários blogs de viagem e turismo 🙂

Eu poderia ficar aqui horas falando sobre os benefícios e as maravilhas que são os blogs…

MINHA OPINIÃO SOBRE LEITORES DE BLOGS VS USUÁRIOS DE REDES SOCIAIS

De acordo com a minha experiência, não tenho dúvida alguma que os meus leitores aqui do blog são muito, mas muito melhores do que aqueles que me seguem somente nas redes sociais.

E quando falo melhores, me refiro à qualidade mesmo!

Eu meço a galera que me segue nos diferentes canais, pela qualidade das perguntas que eles me fazem.

E o ranking que eu faço para medir a qualidade das perguntas que eu recebo é essa aqui:

1º LUGAR > BLOG = simplesmente as melhores dúvidas, das melhores pessoas!

2º LUGAR > YOUTUBE = aqui as dúvidas ainda são boas, mas com menos qualidade do que as dúvidas deixadas aqui no blog!

3º LUGAR > FACEBOOK = as dúvidas já começam a ficar complicadas, dá pra perceber que muitos não leem a descrição toda de uma postagem e já partem para conclusões precipitadas

4º E ÚLTIMO LUGAR > INSTAGRAM = vocês viram no exemplo anterior. No Instagram parece que as pessoas estão sempre com pressa, que estão ali apenas para ver dancinhas, memes e consumir entretenimento puro (e estão mesmo!).

Então falar sério por ali é quase impossível…

CONCLUSÃO: OS BLOGS MORRERAM MESMO?

Pra quem gosta de conteúdo bom, profundo e completo, não!

Agora, pra quem perdeu a capacidade de pensar de forma crítica, pra quem não entende que é preciso se concentrar para absorver informação, pra quem tá viciado em dopamina, os blogs são coisa do passado, algo chato de acompanhar.

Pra estas pessoas, é perda de tempo gastar cinco ou dez minutos em um artigo, mesmo que o assunto seja algo absolutamente relevante para elas.

Agora, imagine qual grupo de pessoas tem maior dificuldade com o processo de reconhecimento aqui na Italia?

Aqueles que leem o blog (e consequentemente também leem o Manual Sagabook, o Roadmap, o Guia da Vida na Italia, etc) ou aqueles que ficam horas criando calo no dedo lá no Instagram?

Pois é…

CONCLUSÃO

Meu objetivo aqui neste artigo – além de desabafar, claro – é fazer você refletir sobre a forma que vem consumindo conteúdo.

Todos nós temos sim tempo de nos dedicarmos para ler e absorver conhecimento, ainda que seja 30 minutos por dia!

Então não seja uma destas pessoas “aceleradas”, que colocam áudios, vídeos e até filmes em velocidade aumentada, pois você está ferrando com o seu cérebro e com a sua capacidade de absorção de conteúdo.

Leia esse artigo para entender como isso prejudica o seu cérebro e aumenta as chances de sofrer de distúrbios de ansiedade e outros males relacionados.

E não esqueça de deixar abaixo o seu comentário sobre este artigo, vou adorar acompanhar a sua reflexão e saber o que você pensa sobre isso 😊.

5 Comentários


  1. Ciao, Fabio!
    Realmente, concordo com sua opinião da falta de profundidade no material na maioria dos perfis em plataformas que estimulam o uso de imagem e vídeo. Mas realmente o maior problema está na mentalidade de muitos usuários nessas plataformas ao não focarem nas legendas ou mesmo no aúdio/vídeo se ele for “longo” (algo como mais de 1 minuto de transmissão de vídeo). O criador de conteúdo nesse tipo de plataforma às vezes precisa restringir o acesso aos comentários para que o usuário reserve um tempo para absorver o material acessado e: seguir as instruções ou entrar na página/email do perfil para adquirir mais informações e/ou elaborar uma pergunta referente ao conteúdo.

    Responder

    1. Acho que tem isso também, em relação à mentalidade. Porém eu entendo que cada rede tem a sua função e muitas vezes a gente que produz conteúdo acaba querendo “surfar na onda” da popularidade dela e nos perdemos


  2. Assisti a 4° aula. Fala sobre os documentos necessários. Meu filho quem tem direito. Eu não me casei com o pai dele. Então não vai existir a certidão de casamento. Será que vai dar algum problema? E outra, se eu tirar a certidão de nascimento dele em inteiro teor agora, não terei que tirar outra quando estiver indo pra Itália? Ou não tem validade?

    Responder

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