Segunda Bateria de Exames Escolares – Parte I

Ciao a tutti!!!

Finalmente depois de uma semana completamente estressante, eis que aqui estou para contar a voces tudo aquilo que aconteceu nas provas!!!

Pra quem chegou agora, eu explico: no inicio de 2012 depois de ir atè a universidade de Pisa, descobri que eu precisaria (re)fazer o segundo grau – que aqui na Italia duram cinco anos.

Encontrei uma espécie de escola supletivo, me inscrevi e desde entao estou estudando – nesta ùltima semana fiz a segunda bateria de exames, pois a primeira bateria foi realizada em fevereiro deste ano, confiram aqui.

2ª BATERIA DE EXAMES – COMO FOI

Ao longo deste ano, conversando com a minha coordenadora pedagògica, mudamos o cronograma das matérias que eu deveria dar (dare l’esame em italiano significa fazer a prova), ficando assim:

Novembro/2012
Italiano 2º, 3º e 4º ano
Storia 4º ano
Inglese 4º ano
Economia della Comunità 2º, 3º e 4º ano
Esercitazione di Economia della Comunità 3º e 4º ano
Psicopedagogia 3º e 4º ano

Ou seja, queridos leitores, eu teria que me preparar para apenas miseras 12 matèrias kkkkk

O calendàrio foi definido nos seguintes dias:

Dia 5 de novembro – Italiano (escrito)
Dia 6 de novembro – Psicopedagogia (escrito e oral)
Dia 7 de novembro – Ingles (escrito)
Dia 8 de novembro – Esercitazione (escrito)
Dia 9 de novembro – TERROR – Todas as matèrias acima ORAIS

Muito bem, comecei a estudar atravès das apostilas – aqui na Italia chamadas dispensa (dispense no plural), porém como temos trabalhado muito (graças a Deus), nao pude frequentar as aulas disponiveis, acabei indo apenas uma vez na aula de italiano e outra na aula de psicopedagogia.

Na segunda-feira, dia 5, me apresentei religiosamente às 14:30 – horàrio marcado para o inicio do exame, assinei a folha de presença, entreguei minha carta d’identità, sentei e esperei.

Na verdade estava (mais uma vez) aterrorizado, pois nao tinha idéia nenhuma do que eu teria que fazer.

Imaginem: na dispensa do 2º ano, o assunto era a interpretaçao e anàlise de textos em prosa, naquela do 3º ano o assunto era o inicio da literatura na Italia, iniciando com aquele que è considerado o primeiro texto literàrio na lingua italiana (do ano 1200 de San Francesco di Assisi), passando pela Divida Commedia de Dante, Petrarca, Bocaccio e Nicolò Machiavelli.

Por fim, no 4º ano, o assunto era o ùltimo livro da Divina Commédia – Paradiso, Giacomo Leopardi e Manzoni.

Dai pensei: ué, tudo isso ao mesmo tempo, serà que serao tres folhas, cada uma correspondente a um ano? Ou serao apenas duas folhas: uma para o segundo e a outra para o terceiro e quarto ano letivo?

Finalmente a professora nos deu a folha com quatro perguntas, e disse:

– Atençao: as perguntas sao as mesmas para qualquer ano, portanto escolham aquela que preferir!!

Podem fazer a bruta e a bella, porém me entreguem junto, seja aquela bruta seja aquela bella!

COSAAAAAAA? Bruta e bella? O que è isso, a bela e a fera? Nao entendendo bufulas perguntei:

– Professora, desculpa a ignorancia, mas o que significa ‘bruta e bella’? 

Ela (pacientemente) me explicou que a bruta è a folha de rascunho, e a bella è a folha definitiva. Ahhhhhhhhh bom…

A primeira questao era sobre o papel da mulher na sociedade moderna, a segunda e terceira nao lembro e a quarta era sobre minha opiniao sobre o que a literatura e a història tem de interessante e o que nao me fascina – escolhi essa ùltima.

Queridos leitores, dai veio novamente a dùvida:

Caspita, o que isso tem a ver com tudo aquilo que consta na dispensa? Serà que eu terei que – obrigatoriamente – falar sobre os autores que constam ali? Serà que è algum tipo de pegadinha? Humm, sei là, na dùvida è melhor começar… 

Comecei a contar a història da minha ligaçao com a literatura, onde minha vò, que se chama Benta, vive numa fazenda e que, em nossa infancia, passàvamos as férias com ela.

Naqueles momentos, ela reunia todos os netos ao redor da lareira e nos contava històrias belissimas, sobre o mundo, a literatura, o folclore brasileiro, os autores gregos, os filòsofos, entre tantas outras històrias.

Tà, quem prestou atençao no que eu escrevi acima, percebeu que eu roubei as històrias do Monteiro Lobato e a Dona Benta virou minha vò – e daì: pelo menos minha història ficou linnnnnnda, embora eu nao tenha tido coragem de colocar uma boneca de pano e nem um sabugo de milho como parte integrante da història, achei que era forçar muito a barra kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Entreguei a prova e sai de là feliz da vida, afinal duvido que haveria alguma història mais criativa do que a minha 😉

No pròximo post, contarei sobre as provas orais e principalmente sobre o enorme mico que cometi no exame de psicopedagogia 😉

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